O Templo religioso de Vila da Marmeleira, teve origem na Ermida de S. Francisco de Assis, mandada construir pelo Abade de Alcobaça, da Ordem de Cister, nos finais do século XIV e princípios do século XV e a própria Marmeleira, deverá estar relacionada com os coutos foreiros do Convento de Almoster.
Esta Ermida foi erigida como resposta aos muitos problemas que as cheias periódicas que afetavam o Concelho de Rio Maior traziam aos seus habitantes. De facto, o riacho que vem de São João da Ribeira e que atravessa a atual freguesia em direção ao Rio Maior, transbordava várias vezes ao ano, impedindo os moradores da Marmeleira de chegarem à igreja para assistirem à Missa. Por isso, o novo templo, em forma de pequena ermida rural, terá sido edificado nessa altura, atestando a importância da localidade e dos seus moradores.
A zona onde se insere a actual Igreja Matriz foi outrora o cemitério de Vila da Marmeleira, permanecendo no adro da antiga Ermida até ao ano de 1876, altura em que foi mandado executar novo cemitério.
Da antiga Ermida subsiste a parte abobadada feita em pedra, local onde se encontra o altar que em tempos exibiu a imagem de Nossa Senhora da Conceição e, noutra época, a de S. Francisco de Assis.
Trata-se de um templo de fachada barroca, de nave única, cujas linhas, no entanto, são bastantes sóbrias. Na parte superior da porta central – fachada da Igreja Matriz – consta a data de 1755, altura em que se concretizou a ampliação da referida Ermida, por, na altura, ser já considerada insuficiente para acolher o número de fiéis que ali afluía.
O edifício atual foi reconstruído, assim, em 1755 tendo, porém sido objeto de várias obras de reparação e beneficiação, destacando-se as levadas a efeito em 1880, 1900, 1943, 1945, 1997 e 2018.
Em 1945, concluíram-se as grandes obras de restauro e, como curiosidade, as obras custaram 46 contos (aprox. 230 euros), sendo que as madeiras foram oferecidas pela Viscondessa de Assentiz e pelo Dr. Asdrúbal Calisto.
Em 1997 foi colocado o alpendre a anteceder a porta principal, dotando a igreja da sua atual configuração.
Já em 2018, foram completamente restaurados os dois altares laterais cuja inauguração ocorreu em 17 de Março do mesmo ano, na missa presidida pelo Sr. Bispo de Santarém, D. José Traquina.
No seu interior existe a capela-mor apresentando um teto semi-esférico e um altar com nicho, próprio da época da construção inicial, atualmente tapado pelo altar central. Lateralmente, no corpo maior do Templo, nos ângulos próximos da capela-mor existem dois altares laterais, originariamente do século XVIII, ostentando um deles Nossa Senhora de Fátima e o outro Nossa Senhora das Dores. Os referidos altares são de madeira, pintados, com colunas a imitar mármore e embelezados com talha dourada. Por detrás destes altares, foram encontrados também dois nichos próprios da época da construção inicial.
Ao longo das paredes interiores da Igreja, distribuem-se quatro peanhas em madeira, duas de cada lado, sustentando imagens dos santos de maior devoção popular.
A Igreja possui uma modesta talha dourada a decorar a parte central e está, também dotada de um coro alto, púlpito, pia baptismal, sacristia, uma sala para a catequese, uma sala museológica, uma biblioteca eclesiástica, e uma sala multiusos.
Possui também uma torre quadrangular, terminando em cúpula, com três sinos, dois dos quais articulados a um relógio, que é alimentado por energia eléctrica.
A Vila da Marmeleira situa-se num vasto planalto ribatejano, de terras argilo-calcárias e grés, estando a 15 Km de Rio Maior (sede de concelho), a 15 Km do Cartaxo, a 18 Km de Santarém e a 75 Km de Lisboa.
Segundo o Dr. Joaquim António Lopes do Rosário, na sua monografia sobre a Vila da Marmeleira, e “de acordo com a tradição, António de Faria, no Séc. XVI, viajou por terras do Oriente, comandando um ou mais navios, tendo percorrido muitos mares dos Oceanos Indico e Pacifico. Regressado a Portugal ter-se-ia instalado na Rua dos Farias (actualmente Beco da Rosa), onde plantaria um arbusto trazido da India, de nome marmeleiro”, daí surgindo o nome da localidade.
Elevada à categoria de vila em 1927, pela mão do então Presidente da República Marechal Carmona, a Vila da Marmeleira é freguesia desde 1878. O final do Século XIX, com a autêntica revolução que se concretiza na agricultura portuguesa, é o início do período de maior fulgor da História da Vila da Marmeleira, acompanhando o crescimento da antiga freguesia a partir da consolidação das novas práticas agrícolas e dos produtos que se foram afirmando comercialmente na região.
A população que chegou a atingir mais de mil e trezentos habitantes (finais do Séc. XIX) está reduzida, nos dias de hoje, a perto de quatrocentos eleitores. No entanto, no período estival, mais que duplica o número de residentes, que aproveitam as excelentes condições de veraneio que a Vila da Marmeleira proporciona.
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